Um Brasil exportador e as eleições 2018
Três questões a serem superadas pelo novo presidente para expansão brasileira no mercado internacional
Essa não é uma análise política das melhores propostas econômicas para as eleições 2018, propomos levantar questões que precisam ser buscadas no plano de governo de cada candidato.
Na nossa visão é preciso ter olhar atento nas propostas sobre as exportações brasileiras. O que cada candidato está falando com relação a essa questão? Como o novo governo irá tratar os acordos bilaterais para expandir a participação no mercado externo? Sem dúvida não se pode esquecer do mercado doméstico, mas para crescer é preciso ir além disso, a grande questão está no como.
Não iremos analisar as propostas, mas vamos abordar temas importantes para o avanço do Brasil além das fronteiras. Que dever de casa é necessário fazer para expandir no mercado internacional? O que falta aqui que impede a nossa economia de avançar com todo o potencial produtivo que tem? O que está travando o Brasil?
Elegemos três pontos que se superados irão colaborar muito para a recuperação e a retomada do crescimento: Reforma tributária, reforma da previdência e a infraestrutura, explicaremos a seguir as razões.
A Reforma Tributária. Não é possível pensar em ganho de produtividade, e consequentemente, de competitividade, sem falar na simplificação dos impostos para as empresas brasileiras. Se formos comparar a complexidade da nossa carga tributária e no peso que ela tem no custo das empresas e comparar essa realidade com os nossos concorrentes internacionais, compreendemos que é uma luta desleal. É importante pensar quais as promessas que estão sendo feitas com relação a esse tema.
O segundo ponto que está ligado ao primeiro, se queremos desoneração isso implica em diminuição da arrecadação. É um fato que o estado está quebrado e o déficit público é cada vez mais volumoso, por isso vamos estar atentos ao que dizem os candidatos sobre a Reforma da Previdência, é preciso saber quais são os planos de ação para sair deste imbróglio. Qual será a idade mínima? Quais serão as regras? Essas respostas podem sustentar uma desoneração fiscal, menos gastos com previdência pode significar um fôlego para as contas pública, antes disso não há como falar sobre reforma tributária, sejamos realistas.
O terceiro e último ponto é a infraestrutura. É preciso, literalmente, ter onde crescer. A economia precisa ter espaços e acessos para se desenvolver. Aqui listamos, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia, e por aí vai. Tudo que significa base sólida para o crescimento. O custo de não se ter tudo isso está se esvaindo, desenfreadamente. Como competir no mercado externo com a China, que fez seu dever de casa? É preciso pensar quais estratégias iram suprir essa demanda gigantesca desse país continental. É preciso muito investimento, não há recurso público disponível, o que fazer? Quais são as propostas? Como sair dessa situação? Fiquemos atentos nestas respostas nas propostas dos candidatos.
Acreditamos que se o futuro governante conseguir contrabalancear esses três fatores teremos uma economia saudável em pouco tempo. Tarefa nada fácil, mas nem por isso impossível.