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Mercado de papel e celulose

Embora possa passar despercebido, a celulose e seus derivados estão muito presentes em nosso dia a dia: embalagens para delivery, caixas de sapato, produtos de higiene pessoal, sacos de cimento, máscaras cirúrgicas. Até enchimento de comprimidos utilizam celulose em seus compostos, além de muitas outras aplicações.

Apesar de pouco anunciado, este segmento possui grande importância econômica para o país. Em 2019, o setor de papel e celulose representava 1,3% do PIB nacional. Atualmente, de acordo com o relatório anual do IBÁ, o Brasil é o 10º maior produtor de papel no mundo, além de ter sido o maior exportador de celulose em 2020, ficando atrás, em produção, apenas dos Estados Unidos. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no biênio de 2017-2018, o maior estado produtor de papel e celulose foi São Paulo, representando 32,2% da produção nacional, seguido pelo Paraná, com 14,1%.

Para o futuro do mercado de celulose, as Projeções do Agronegócio divulgadas pelo Ministério da Agricultura indicam que, no período de 2021 a 2031, o setor terá um crescimento anual médio de 2,4%, totalizando um crescimento de 27,6% ao final do período projetado, saindo de 21.843 mil toneladas em 2021 para 26.597 mil toneladas em 2031.


Fonte: Ibá (adaptado por Valuup).

Historicamente, a produção de papel é relativamente estável e com baixo crescimento, como pode ser observado no gráfico abaixo. De acordo com o Ministério da Agricultura, o setor permanecerá com baixo crescimento, indicando um crescimento anual médio de 1,2%, saindo de uma produção anual de 10.316 mil toneladas em 2021 para 11.522 mil toneladas em 2031.

Fonte: Ibá (adaptado por Valuup).

Outros derivados de celulose têm crescimentos diversos. Conforme a Apresentação Institucional da Klabin – a maior exportadora de papéis para embalagens do país –, pode-se analisar o crescimento projetado para alguns desses produtos. De acordo com o relatório da Klabin, a partir do estudo realizado pela sueca Afry, projeta-se um CAGR de 2,5%, no período de 2020 a 2030, para produção de Sack Kraft e CAGR de 2,7% para containerboard. Além disso, o setor de embalagens de papelão deve ser favorecido com o crescimento acelerado do delivery no Brasil, com CAGR projetado de 21% até 2024.

Relatório Klabin

Como podemos constatar, o setor de papel e celulose é um setor muito dinâmico e com alta importância econômica para o Brasil, e a tendência é positiva para o setor.