Imóveis em Curitiba tem valorização estagnada durante a crise, mas cenário poderia ser pior
Os imóveis em Curitiba tiveram seus valores praticamente congelados durantes os anos de crise a partir de 2015. Esse não é um resultado bom, obviamente quem investe e também quem adquire um imóvel espera valorização ao longo do tempo, a questão é que a realidade poderia ser ainda pior.
Mesmo com a queda abrupta na concessão de crédito e diminuição escancarada do poder de compra da população, os imóveis não tiveram desvalorização nominal. Os preços conseguiram se manter mesmo com a demanda diminuindo de forma significativa. Veja no gráfico o comparativo dos preços dos imóveis (eixo à direita) com a concessão de crédito (eixo à esquerda) no país no mesmo período.
Esse é um sintoma de que tivemos recessão econômica, mas não se chegou em uma depressão, como aconteceu nos EUA em 2008. A estabilidade dos valores dos imóveis em nossa economia e uma curva, ainda que pequena, em ascensão, nos mostra que não chegamos ao caos.
A recessão brasileira foi severa, entretanto, não vivemos um problema de crise bancária. Como consequência, o mercado imobiliário ficou estagnado e até mesmo em retração em alguns períodos. Mas não quebrou. Com a retomada do financiamento, o setor poderá recuperar de forma revigorada com melhoras no preço dos imóveis.
A retomada ainda que lenta é medida pelo grau de otimismo do setor na construção civil, medida pela FGV. Se analisarmos os últimos oito anos, observamos que falta pouco para se chegar na linha do otimismo, veja no gráfico a seguir.
Há muito espaço para crescimento. A utilização da capacidade instalada na construção civil ainda tem um caminho considerável a percorrer. Ainda há muita ociosidade de mão-de-obra, e com essa retomada teremos a melhora de um dos índices mais preocupantes da economia, do desemprego.
Sabemos que, se completada a capacidade de produção da construção civil, veremos uma avalanche de empregos serem ofertados, e com certeza, ocupados pela população que sofre na pele as consequências do desemprego. Sem dúvidas é o que todos queremos ver na economia brasileira.