A deflação do IPCA de agosto foi de -0,36%, indicando um alívio ao atual processo inflacionário. Os itens que mais contribuíram para essa queda foram morango, pepino, passagem aérea, gasolina e o tomate, conforme indicado pelo gráfico abaixo.

A redução do ICMS para os setores de comunicação, energia elétrica e combustíveis contribuíram para uma deflação do IPCA de bens monitorados de -2,55%.

Por sua vez, as maiores altas do IPCA para o mês de agosto foram concentradas em itens pertencentes ao grupo Alimentação no domicílio.

O aumento dos preços dos alimentos é, em grande medida, resultado de fatores sazonais e do conflito Ucrânia-Rússia, ou seja, é uma inflação mundial e preocupante para as autoridades monetárias. Os bancos centrais dos países desenvolvidos estão focados em combater o atual processo inflacionário mundial, elevando juros e contraindo a liquidez internacional.

O Banco Central do Brasil (BCB) iniciou previamente, o processo de combate à inflação e, por esse motivo, estamos iniciando um período de desinflação antes das principais economias mundiais. O importante é manter o compromisso com a queda dos preços e a ancoragem das expectativas inflacionárias.